Briefing proferido pela porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, Sochi, 6 de março de 2024
Sobre a reunião de Serguei Lavrov com os chefes das missões diplomáticas dos países da América Latina e das Caraíbas acreditados em Moscovo
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, deverá reunir-se, a 12 do corrente mês de março, com os chefes das missões diplomáticas dos países da América Latina e das Caraíbas acreditados em Moscovo.
Na reunião, que seguirá o seu formato tradicional, será analisado o estado atual das relações da Rússia com os países da região latino-americana amiga e serão identificadas áreas promissoras para uma maior cooperação. Prevê-se igualmente uma troca de opiniões sobre questões prementes da agenda regional e internacional.
Resumo da sessão de perguntas e respostas:
Pergunta: O presente Festival está marcado por uma garrida invasão latino-americana. A língua espanhola está presente em todos os eventos, incluindo os dedicados às relações do nosso país com a América Latina. Poderia comentar este facto? Os nossos amigos latino-americanos dizem que a agenda russa está em sintonia com a dos seus países: a luta contra o neocolonialismo, a inaceitabilidade das sanções e das medidas unilaterais. Poderia comentar esta presença latino-americana?
Maria Zakharova: Acho que o senhor já disse tudo por mim. Devo retirar o ponto de interrogação e formular a minha resposta, exatamente como o senhor escreveu. Em primeiro lugar, já conversei (embora não tenha tido reuniões especializadas sobre temas regionais) com representantes (muito ativos) do México, da Argentina, de Cuba e de muitos outros países e regiões. Aliás, não é só o espanhol que está presente, o português também se pode ouvir.
Em segundo lugar, o senhor muito bem disse que a história destes países e regiões inclui a luta pela independência, autonomia, a luta contra a opressão colonial e pela utilização justa dos seus recursos. Tudo isto está de acordo com as teses que a Rússia está agora a promover no cenário internacional. É um assunto próximo e importante para eles. Estão interessados em conhecer melhor o assunto.
O segundo aspecto são as oportunidades proporcionadas pela Rússia a estes países diretamente e no âmbito das associações regionais e internacionais. Trata-se da cooperação bilateral e dos organismos de que fomos fundadores. Em primeiro lugar, estou a falar dos BRICS.
Ontem, a delegação argentina disse que queria transmitir as palavras dos argentinos comuns que estão interessados em aderir ao BRICS. Eu disse-lhes que a decisão estaria com os argentinos, devendo, contudo, preencher os requisitos adotados pela associação. O BRICS é sempre favorável a todos os pedidos de adesão, deixando as portas abertas desde que o candidato preencha os requisitos ou critérios adotados pela organização. Estão interessados em saber mais sobre as oportunidades.
Terceiro aspecto: graças às peculiaridades da cultura nacional, as pessoas provenientes destes países são abertas, comunicativas, não impõem a ninguém a sua visão da vida e estão abertas a aceitar tudo o que está relacionado com a igualdade, a conhecer outros países e povos. Têm interesse. Nos últimos anos, eles têm ouvido tantas declarações antirrussas que não quiseram perder a ótima oportunidade para arriscar vir ao nosso país para ver tudo com os seus próprios olhos.
Outro aspecto a destacar. Falámos muitas vezes, em briefings, sobre a igualdade. Há muitos países que lutaram pela sua independência, quer como colónias, quer como semicolónias, ou lutaram incessantemente pela sua soberania e identidade nacional. Só eles é que compreendem o significado da palavra "igualdade" e querem fazer amizade com aqueles que fazem da igualdade parte das suas políticas nacionais e internacionais. Eles compreendem que estão com os seus correligionários que sentem o significado desta palavra da mesma forma profunda.
O que foi a Grande Guerra Patriótica, a Segunda Guerra Mundial? Não foi apenas uma guerra de rapina, mas uma guerra para exterminar aqueles que os invasores não consideravam como iguais a si. Nós, por nossa vez, lutámos contra a ideologia da segregação das pessoas entre aquelas que tinham mais direitos e aquelas que não deviam ter nenhuns direitos. Esta é uma palavra importante. Quando eles vêm para cá, sentem-se realmente iguais e percebem que isso faz parte do nosso código cultural.
O segundo aspecto são as oportunidades proporcionadas pela Rússia a estes países diretamente e no âmbito das associações regionais e internacionais. Trata-se da cooperação bilateral e dos organismos de que fomos fundadores. Em primeiro lugar, estou a falar dos BRICS.
Ontem, a delegação argentina disse que queria transmitir as palavras dos argentinos comuns que estão interessados em aderir ao BRICS. Eu disse-lhes que a decisão estaria com os argentinos, devendo, contudo, preencher os requisitos adotados pela associação. O BRICS é sempre favorável a todos os pedidos de adesão, deixando as portas abertas desde que o candidato preencha os requisitos ou critérios adotados pela organização. Estão interessados em saber mais sobre as oportunidades.
Terceiro aspecto: graças às peculiaridades da cultura nacional, as pessoas provenientes destes países são abertas, comunicativas, não impõem a ninguém a sua visão da vida e estão abertas a aceitar tudo o que está relacionado com a igualdade, a conhecer outros países e povos. Têm interesse. Nos últimos anos, eles têm ouvido tantas declarações antirrussas que não quiseram perder a ótima oportunidade para arriscar vir ao nosso país para ver tudo com os seus próprios olhos.
Outro aspecto a destacar. Falámos muitas vezes, em briefings, sobre a igualdade. Há muitos países que lutaram pela sua independência, quer como colónias, quer como semicolónias, ou lutaram incessantemente pela sua soberania e identidade nacional. Só eles é que compreendem o significado da palavra "igualdade" e querem fazer amizade com aqueles que fazem da igualdade parte das suas políticas nacionais e internacionais. Eles compreendem que estão com os seus correligionários que sentem o significado desta palavra da mesma forma profunda.
O que foi a Grande Guerra Patriótica, a Segunda Guerra Mundial? Não foi apenas uma guerra de rapina, mas uma guerra para exterminar aqueles que os invasores não consideravam como iguais a si. Nós, por nossa vez, lutámos contra a ideologia da segregação das pessoas entre aquelas que tinham mais direitos e aquelas que não deviam ter nenhuns direitos. Esta é uma palavra importante. Quando eles vêm para cá, sentem-se realmente iguais e percebem que isso faz parte do nosso código cultural.
- Date